Oftalpediatra
A oftalmopediatria é uma subespecialidade da oftalmologia que confere cuidados e tratamentos específicos para crianças e adolescentes.
Para se capacitar nessa área, o estudante precisa passar por três anos de residência em oftalmologia, seguidos de mais dois de especialização. Dessa forma, ele estará apto a diagnosticar, tratar patologias e alterações oculares. É habilitado também para fazer o acompanhamento do desenvolvimento da visão da criança.
Como é uma consulta?
A oftalmopediatria abrange várias fases durante o desenvolvimento infantil, o que faz com que a abordagem varie em cada etapa. Bebês podem ser examinados com o teste do olhinho, como citamos anteriormente. A simples observação também confere informações importantes, ao especialista, como, por exemplo, se a criança consegue acompanhar o movimento de objetos e pessoas.
Testes motores podem ser aplicados em crianças de até 2 anos para observar a capacidade de desviar ou agarrar objetos. Com crianças que ainda não falam, outros podem ser aplicados, como o Teste dos Cartões de Teller, por exemplo.
Já em crianças a partir dos 4 anos, por conseguirem se comunicar com maior clareza, testes com letras, números e imagens podem ser feitos. Os cálculos de graus de óculos são feitos através de autorrefratores eletrônicos ou lentes soltas, o que também possibilita uma análise independente do estágio de desenvolvimento da criança.
Quando devo procurar ajuda profissional?
Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde, no Brasil, temos 32.000 crianças cegas. Como citado anteriormente, muitas das doenças oftalmológicas têm cura, quando tratadas precocemente.
Nesse sentido, pais, familiares, amigos, professores e responsáveis precisam ficar atentos aos comportamentos da criança. Muitas doenças oculares, como a miopia, podem ser identificadas através da observação diária. Baixo rendimento escolar, falta de concentração, lacrimejamento excessivo também podem ser sinais de problemas de visão e merecem atenção.
Algumas crianças precisam realizar exames de rotina. Por exemplo, quando há casos de histórico familiar de doenças como catarata, glaucoma, estrabismo, entre outras alterações significativas. Procure ajuda na primeira queixa da criança ou quando surgir dúvidas em relação ao desenvolvimento da visão de seu filho.