Quem tem daltonismo pode dirigir?

Identificar as cores do semáforo é uma tarefa simples para a grande maioria das pessoas; no entanto, para quem tem daltonismo, essa pode ser uma atividade bastante complexa.

O daltonismo é um distúrbio que tem como principal característica a dificuldade de distinguir cores – em especial azul, verde e vermelho. Dessa forma, até 2012, os daltônicos eram proibidos de pegar a direção de qualquer veículo automotor.

Felizmente, com a resolução 425/12 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) – que determina que o motorista não precisa identificar as cores verde, amarela e vermelha para conduzir um veículo –, os daltônicos conseguiram o tão sonhado direito à carteira de habilitação.

Se você quer saber mais sobre o que é, quais as causas, os tipos, o tratamento e como enxerga uma pessoa daltônica, continue a leitura desse blog.

O que é o daltonismo?

O daltonismo, também conhecido pelo termo discromatopsia, é um distúrbio ocular genético que acomete cerca de 8 a 10% da população mundial e consiste, basicamente, na dificuldade de distinguir cores.

Quais as causas do daltonismo?

De modo geral, a doença atinge, na grande maioria dos casos, o público masculino.  Isso ocorre porque o daltonismo é um distúrbio genético hereditário ligado ao cromossomo X.

Apesar das mulheres serem formadas pelo par de cromossomos XX, a probabilidade de elas desenvolverem o daltonismo é bastante pequena, tendo em vista que elas podem compensar o cromossomo X deficiente com um outro cromossomo X normal. Já os homens, que são formados pelos pelo par de cromossomos XY, uma vez com um X danificado já podem desenvolver a doença.

É importante destacar que o fato de as mulheres serem formadas por XX não as impossibilita de ter daltonismo. Nos casos em que a menina herdar um X defeituoso da mãe mais um X defeituoso do pai, ela desenvolverá a doença. Dessa forma, podemos afirmar que as mulheres podem ser portadoras do X defeituoso e desenvolver ou não a doença.

Além das causas genéticas, existe também o daltonismo adquirido na vida adulta. Esse, pode ser desencadeado por lesões neurológicas, deslocamento de retina, tumores cerebrais, traumatismos e efeitos tóxicos. Algumas doenças também podem contribuir para o daltonismo adquirido, tais como glaucoma, diabetes, degeneração macular, Alzheimer, mal de Parkinson, leucemia e anemia falciforme.

Como é feito o diagnóstico do daltonismo?

O daltonismo pode ser diagnosticado a partir de três testes de visão: o anomaloscópio de Nagelan, as lãs de Holmgren e o teste de cores de Ishihara. Certamente, você já deve ter visto esse último teste, que consiste em placas com pontos coloridos de intensidades diversas nas quais são inseridos números em cores que os daltônicos não enxergam.

Você também pode observar sinais de daltonismos em crianças. Na fase em que elas já conhecem as cores, caso você note discrepâncias grandes é necessário levá-las ao oftalmologista.

Quais os tipos de daltonismo?

O daltonismo pode se apresentar de três formas: deuteranopia, protanopia e tritanopia.

– Deuteranopia:  caracterizada pela dificuldade de enxergar a cor verde;

– Protanopia: representada pela dificuldade de visualizar a cor vermelha;

– Tritanopia: condição na qual as pessoas têm dificuldade de identificar a cor azul.

Uma outra manifestação da doença é a acromatopsia, que é o tipo mais raro da doença e só permite com que o indivíduo enxergue as cores preto, branco e cinza.

Existe tratamento para o daltonismo?

Infelizmente, ainda não existe cura para o daltonismo. Entretanto, o distúrbio pode ser aliviado a partir de óculos com lentes que possuem filtros de cor. Esses dispositivos melhoram o contraste das cores e devolvem um pouco mais de qualidade de vida às pessoas daltônicas.

Você suspeita que possa estar desenvolvendo daltonismo adquirido ou notou sinais da doença no seu filho?

Agende uma consulta no Centro Clínico Imagem clicando aqui. Somos referência em Oftalmologia no Distrito Federal e em Goiás.

Deixe um comentário

a