DSTs e saúde ocular: existe alguma relação?

DSTs e saúde ocular: existe alguma relação?

É difícil de imaginar uma relação entre doenças sexualmente transmissíveis, mais conhecidas pela sigla DSTs, e saúde ocular. No entanto, algumas DSTs podem ter efeitos sob os olhos dos pacientes infectados. Por isso, confira, neste blog, como as doenças sexualmente transmissíveis podem atingir a saúde ocular. Continue a leitura.

Efeitos das DSTs na saúde ocular:

As doenças sexualmente transmissíveis provocam efeitos colaterais em todo o corpo da pessoa. Quanto à saúde ocular, as principais alterações oftalmológicas são:

– Uveíte;

– Neurite óptica;

– Vasculite;

– Edema de mácula;

– Conjuntivites de diversas formas e durações;

– Deslocamento de retina;

– Oclusões venosas ou de artéria da retina.

Além dos efeitos acima, existe também uma variação de uma DST que pode trazer complicações sérias e até mesmo levar o indivíduo à cegueira permanente nos casos em que não é detectada de maneira precoce: trata-se da sífilis ocular.

Você já ouviu falar em sífilis ocular?

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) provocada pela bactéria Treponema Pallidum. A doença tem diferentes níveis de gravidade e a sua forma ocular acontece, geralmente, quando a infecção chega ao seu estágio mais avançado.

A sífilis ocular pode acometer pessoas de todas as idades e existem, pelo menos, três formas de contágio dessa doença ocular: por meio de relação sexual sem preservativo, por meio do compartilhamento de seringas contaminadas, e a forma de transmissão congênita, que ocorre de mãe para filho ainda na gravidez ou no momento do parto.

A sífilis ocular se manifesta como uma reação do nosso sistema imunológico à presença da bactéria em nosso organismo por meio de inflamações nas estruturas do globo ocular, como a retina, a córnea e o nervo óptico. Além disso, a doença também pode provocar infecções no cérebro ou na coluna espinhal de pacientes acometidos.

Mesmo a probabilidade de a doença atingir a saúde ocular apenas na sua fase mais avançada, pesquisas apontam que pacientes que estão na fase inicial de sífilis também já podem apresentar algum efeito colateral sobre a visão. Dessa forma, alguns sinais do desenvolvimento da sífilis ocular são dor nos olhos, vermelhidão, visão embaçada, sensibilidade à luz, aumento da pressão ocular, entre outros incômodos.

Nos casos de sífilis ocular, como os sintomas são muito parecidos com os de outras doenças oculares, como a conjuntivite e a uveíte, por exemplo, é importante sempre contar com a avaliação de um oftalmologista. Apenas o médico especialista conseguirá realizar o diagnóstico preciso da doença e indicar o tratamento eficaz.

Para o tratamento da sífilis ocular, o médico oftalmologista pode indicar o uso de antibióticos, como, por exemplo, a penicilina e semelhantes. Além disso, o médico deve fazer um acompanhamento da doença por meio de exames clínicos e laboratoriais, inclusive, por parte dos parceiros sexuais.

Quando a sífilis ocular não é tratada corretamente ou o paciente demora muito para procurar a ajuda médica, pode ocorrer a perda da visão de forma irreversível. No entanto, quando os remédios são administrados de forma correta, as chances de cura são maiores e ocorre a redução de algumas alterações oculares.

A sífilis ocular pode ser prevenida por meio do uso de preservativos durante relações sexuais, bem como o acompanhamento pré-natal. Além disso, quando o indivíduo está em tratamento da doença, é fundamental que ele evite o contato sexual com outras pessoas até terminar o tratamento.

Se você suspeita que está com sífilis ocular, é importante que você agende uma consulta com um médico oftalmologista para avaliar e fazer um tratamento adequado. Você pode agendar uma consulta com um especialista no Centro Clínico Imagem clicando aqui. Somos referência em oftalmologia em todo o Distrito Federal e no Estado de Goiás.

 

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