É possível fazer o transplante de retina?

Os cientistas não cansam de buscar novas possibilidades de avanço em todas as áreas. Em especial na área da saúde, os resultados de pesquisas podem trazer a cura de diversas doenças e devolver ao paciente a confiança, a autoestima e a qualidade de vida.

No que tange a saúde ocular, além da cegueira, existem muitas doenças que afetam os olhos e que podem, muitas vezes, fazer com que o paciente perca a visão. Uma dessas doenças é a degeneração macular relacionada à idade (DMRI). No entanto, cientistas estão desenvolvendo um novo implante de retina que pode ser uma esperança no tratamento da doença. Confira, neste blog, tudo o que já se sabe sobre esse avanço científico.

 Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

Antes de tudo, convém falarmos um pouco sobre a DMRI para ficar mais fácil de explicar e vocês compreenderem como consiste o tratamento cirúrgico de transplante de retina.

A degeneração macular consiste em uma lesão na retina que pode resultar na perda gradual da visão. A retina é um fino revestimento de tecido que cobre a parte de trás do olho e está localizada próximo ao nervo óptico. A sua principal função é ajudar o olho a se comunicar com o cérebro ou permitir que nosso cérebro entenda o que vemos.

Como o próprio nome da doença sugere, a degeneração macular relacionada à idade afeta uma parte da retina chamada de mácula, parte do olho responsável pela visão central e permite com que as pessoas possam enxergar detalhes. A DMRI ocorre quando há degeneração dos fotorreceptores, cujos são células da mácula sensíveis à luz. Essas células fotorreceptoras são responsáveis por converter a luz do campo visual em impulsos elétricos e, em seguida, transferir os impulsos para o cérebro através do nervo óptico.

A DMRI é o motivo mais comum de perda da visão em pessoas com mais de 50 anos. Os sintomas da doença variam conforme o tipo da doença. No entanto, além da visão turva, o paciente pode ter a perda da visão central de forma lenta e sem dor ao longo dos anos; objetos podem parecer esmaecidos ou pouco detalhados; dificuldade de leitura e pontos cegos (escotomas).

As lesões na retina provocadas pela degeneração macular relacionada à idade ocorrem de forma lenta com o passar dos anos e, por isso, o paciente tem dificuldades para compreender que está com a doença. O diagnóstico tardio é o principal fator que prejudica no tratamento da doença.

Transplante de retina: o que já se sabe até agora

Ainda não existe uma forma eficaz de tratamento para algumas formas de DMRI. No entanto, nas últimas décadas, muitos pesquisadores estudam a possibilidade de realizar transplante do epitélio pigmentado da retina.

 O transplante de retina é uma técnica que visa restaurar a anatomia sub-retiniana e restabelecer a interação crítica entre o epitélio pigmentado da retina e o fotorreceptor, que conforme explicamos anteriormente é fundamental para a visão.

Alguns testes experimentais do procedimento têm sido realizados em casos de degeneração macular relacionada à idade do tipo seca, por meio das técnicas de epitélio pigmentado da retina em suspensão e transplante de espessura total do epitélio pigmentado da retina-coroide. Primeiramente as técnicas foram testadas em roedores e agora os testes avançaram para os humanos, um grupo de quatro pessoas com DMRI seca avançada.  Essas pessoas foram monitoradas por um período de 12 meses por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e não apresentaram nenhum efeito colateral grave causado pelo implante.

Embora já tenha sido feito alguns experimentos com essas técnicas, o transplante de retina ainda continua em análise pelos pesquisadores. Por isso, procure um médico oftalmologista para avaliar o seu caso. Você pode agendar uma consulta no Centro Clínico Imagem agora mesmo clicando aqui. Somos referência em oftalmologia em todo o Distrito Federal e no Estado de Goiás.

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