O que é Degeneração marginal pelúcida (DMP)?
Degeneração marginal pelúcida (DMP) é uma condição oftalmológica que afeta a córnea, a camada transparente localizada na frente do olho. A DMP é uma condição rara que afeta menos de 1% da população geral. Geralmente, a DMP não causa nenhum sintoma ou problema de visão significativo, mas em casos raros, pode levar a complicações que exigem tratamento.
A DMP é caracterizada por pequenas protuberâncias de tecido fibroso na margem inferior da córnea. Essas protuberâncias são chamadas de pelos, porque se assemelham a pelos finos e delicados. O termo “pelúcida” vem da aparência peluda dessas protuberâncias. A DMP também é conhecida como “ceratopatia marginal pelúcida” ou “ceratite marginal pelúcida”.
A DMP geralmente afeta apenas um olho, embora possa ocorrer em ambos os olhos. A condição pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. A causa exata da DMP não é conhecida, mas acredita-se que possa estar relacionada a distúrbios autoimunes.
Embora a maioria dos casos de DMP não cause sintomas ou problemas de visão, algumas pessoas podem experimentar desconforto ou irritação ocular. Os sintomas da DMP podem incluir:
- Sensação de corpo estranho no olho
- Sensibilidade à luz
- Vermelhidão e inchaço na margem inferior da córnea
- Olhos lacrimejantes
- Visão embaçada
Em casos raros, a DMP pode levar a complicações que exigem tratamento. As complicações podem incluir:
- Úlceras corneanas: pequenas feridas na superfície da córnea que podem causar dor e visão embaçada.
- Infecção ocular: a DMP pode tornar os olhos mais suscetíveis a infecções oculares, como a ceratite.
- Cicatrização da córnea: a DMP pode levar à formação de cicatrizes na córnea, o que pode afetar a visão.
O diagnóstico da DMP é feito por um oftalmologista por meio de um exame ocular completo. O médico pode examinar a córnea com uma lâmpada de fenda para identificar as protuberâncias características da DMP. O médico também pode realizar testes de visão para avaliar se a DMP está afetando a acuidade visual.
Como é possível tratar a DMP?
O tratamento para a DMP é geralmente desnecessário, a menos que a condição esteja causando sintomas ou complicações. Em casos leves, o médico pode recomendar o uso de lágrimas artificiais para aliviar o desconforto ocular. Em casos mais graves, o médico pode prescrever medicamentos anti-inflamatórios ou esteroides para reduzir a inflamação e prevenir a formação de cicatrizes na córnea.
Em casos raros, a cirurgia pode ser necessária para remover as protuberâncias da córnea. A cirurgia é geralmente considerada como uma opção de tratamento de última linha, reservada para casos graves em que outros tratamentos não foram eficazes em aliviar os sintomas ou impedir complicações.
Existem duas principais técnicas cirúrgicas para a DMP: a ceratectomia lamelar anterior (PKAL) e a ceratoplastia lamelar anterior (DALK).
A ceratectomia lamelar anterior (PKAL) é um procedimento em que a camada superficial da córnea, conhecida como epitélio, é removida, e uma lâmina circular de tecido da córnea afetada é cortada. A lâmina é então substituída por uma lâmina doadora de tecido saudável e suturada no lugar. Esse procedimento é realizado sob anestesia local e pode levar algumas semanas para a recuperação completa.
A ceratoplastia lamelar anterior (DALK) é um procedimento em que uma lâmina mais profunda de tecido da córnea é removida, deixando a camada interna da córnea intacta. Uma lâmina doadora de tecido saudável é então enxertada na área afetada e fixada no lugar com pontos de sutura. Este procedimento geralmente requer anestesia geral e pode levar mais tempo para a recuperação completa.
Ambas as técnicas têm o objetivo de remover as protuberâncias da DMP e substituí-las por tecido saudável. No entanto, elas têm suas próprias vantagens e desvantagens, e o oftalmologista decidirá qual é a melhor técnica para o paciente, dependendo da extensão da DMP e da condição geral dos olhos do paciente.
Embora a cirurgia possa ser eficaz no tratamento da DMP, existem alguns riscos e complicações potenciais associados ao procedimento. Esses podem incluir infecção, sangramento, rejeição do tecido doador, formação de cicatrizes e problemas de visão.
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