Você já teve episódios em que enxergou um único objeto de forma duplicada?

Se a sua resposta foi sim, saiba que a visão dupla – também conhecida por diplopia ocular – não é uma doença, mas sim um sintoma de que algo não está certo com a sua visão. Por isso, conheça neste blog os tipos, causas, problemas relacionados e possíveis tratamentos para essa condição.

O que é e como ocorre o problema da visão dupla:

A visão dupla é um problema multifocal em que a pessoa enxerga a imagem duplicada. Isso ocorre quando há alguma anormalidade no processo de formação da imagem e o cérebro não consegue identificar com perfeição as imagens captadas pelos olhos por algum motivo.

Tipos de diplopia:

Existem pelo menos sete tipos de diplopia, as maneiras como as imagens se formam. Assim, os sete tipos são: horizontal, vertical, cruzada, oblíqua, homônima, binocular, monocular.

– Horizontal: a imagem duplicada surge ao lado da original;

– Vertical: a imagem se forma acima ou abaixo da outra;

– Oblíqua: as imagens vertical ou horizontal são distorcidas;

– Cruzada: a imagem dos olhos se inverte, ou seja, a imagem da direita é projetava pelo olho esquerdo e vice-versa;

– Homônima: é quando as imagens fantasmas se formam do lado correto de cada olho;

– Binocular: como próprio nome sugere, ocorre quando o problema é proveniente nos dois olhos;

– Monocular: que é quando o sintoma atinge apenas um dos olhos.

Possíveis causas da visão dupla:

As causas podem ser as mais diversas possíveis. No entanto, alguns problemas oculares – como o estrabismo, astigmatismo e a miopia –, olho torto, alterações na retina, pancadas na cabeça, problemas musculares, algumas lesões no cérebro, problemas como derrame ou tumor cerebral, uso de drogas, álcool e até mesmo o tabagismo podem contribuir de forma direta para a visão dupla.

Sintomas da visão dupla:

A visão dupla, por si só, já é um sintoma que pode estar relacionado a algumas doenças oculares. Todavia, esse sintoma também pode se manifestar juntamente a outros sinais de alerta, como visão turva, sensibilidade à luz, ardor ou ardência nos olhos, olhos desalinhados, exoftalmia e proptose – caracterizado pelos olhos salientes.

Doenças que podem desencadear visão dupla:

1. Catarata: problema que atinge o cristalino e ocasiona perda de contraste e embaçamento na visão;
2. Ceratocone: protuberância no globo ocular, que se torna semelhante a um cone;
3. Pterígio: membrana que cresce sob o globo ocular, tendo origem no canto interno nasal;
4. Olho seco: quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou ficam ressecados devido a fatores externos;
5. Astigmatismo: problema visual provocado pela curva anormal da superfície da córnea que faz com que as imagens se formem embaçadas;
6. Estrabismo: quando os olhos não conseguem ficar juntos na mesma direção;
7. Proptose: quando o globo ocular está fora de órbita;
8. Luxação do cristalino: quando o cristalino sai do lugar devido aos ligamentos da região que se romperam;
9. Miastenia: doença que faz com que os músculos dos olhos fiquem enfraquecidos facilmente;
10. Diabetes: distúrbio relacionado aos níveis de açúcar no sangue;
11. AVC: problema cerebral que tem como sintoma, além da visão dupla, paralisia, dormência no braço, dificuldades para falar e andar.
12. Trauma: principalmente acidentes que tenham afetado a área dos olhos;
13. Esclerose múltipla: quando as células do corpo atingem o próprio sistema nervoso.

Conforme podemos ver, a visão dupla é um problema que pode estar associado a diversas doenças oculares. Assim, o seu tratamento vai depender das outras características da doença base que ocasiona esse sintoma.

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