Retinoblastoma: o câncer ocular que atinge bebês e crianças
O retinoblastoma é uma espécie de tumor maligno – câncer do olho – que se manifesta, geralmente, em bebês e crianças entre 2 e 5 anos. A doença é considerada rara e no Brasil são registrados cerca de 400 casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O retinoblastoma pode ocorrer em um ou em ambos os olhos e representa cerca de 2% dos tumores em crianças. A doença se desenvolve na retina do portador e resulta na leucocoria – o reflexo branco no olho ocasionado pelo crescimento do tumor que acaba deslocando a retina.
Existem três tipos de retinoblastoma:
– Unilateral: é o tipo da doença que atinge apenas um dos olhos. O retinoblastoma unilateral representa entre 60 e 75% dos casos e, na grande maioria desses, a enfermidade se manifesta hereditariamente.
– Bilateral: como o próprio nome sugere, é quando o câncer se desenvolve nos dois olhos. Essa forma, geralmente, é diagnosticada mais cedo e em quase 100% dos casos também é hereditário.
– Trilateral: também conhecido pela sigla PNET – que significa tumor neuroectodérmico primitivo – a forma trilateral de retinoblastoma ocorre quando outro tumor se forma nas células nervosas primitivas do cérebro. Esse tipo da doença só atinge crianças com retinoblastoma hereditário bilateral.
Fator de risco para o retinoblastoma
O principal fator de risco para esse tipo de câncer é o fator genético. Segundo pesquisadores da área, a doença é causada por mutação no gene Rb1, que está presente em todas as células do corpo da criança. No entanto, é importante destacar que o retinoblastoma também pode se desenvolver independentemente do fator genético, assim como outros tipos de câncer.
Sinais e sintomas do retinoblastoma
Considerando que o retinoblastoma pode levar a perda da visão da criança, é importante atentar-se para os sinais e sintomas da doença. A primeira manifestação desse tipo de câncer observável é o surgimento do reflexo branco na pupila, também conhecido por leucocoria ou olho de gato. Outros sintomas da doença são:
– Problemas na movimentação do olho, como estrabismo;
– Redução da visão em um ou em ambos os olhos;
– Dor nos olhos;
– Globo ocular maior que o normal;
– Olho preguiçoso (ambliopia);
– Dor de cabeça;
– Perda total ou parcial da visão;
– Em casos raros também pode ocorrer dor óssea local, anorexia ou vômitos.
Diagnóstico do retinoblastoma
O diagnóstico precoce é fator fundamental para o sucesso do tratamento, pois quando diagnosticada cedo, as chances de cura do indivíduo ultrapassam a casa dos 90%.
Para diagnosticar o retinoblastoma, o médico oftalmologista avalia os sintomas físicos da criança e também pode valer-se de exames como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética orbital. Em casos raros, o médico pode solicitar mapeamento ósseo, biópsia ou punção lombar.
Tratamento do retinoblastoma
O principal objetivo do tratamento de retinoblastoma é eliminar o tumor e salvar a vida da criança, já que se não tratada a tempo a doença pode levar a criança a óbito. Com o tratamento bem feito, a visão e o olho são preservados, e as chances de volta do câncer são minimizadas.
Os tratamentos variam conforme o estágio em que a doença se encontra no momento do diagnóstico:
– Laserterapia: é indicada para os tumores menores;
– Crioterapia: consiste no congelamento e destruição do tumor;
– Quimioterapia: utilizada para reduzir o tamanho do tumor e prevenir sua multiplicação;
– Radioterapia: que é outra forma de reduzir o tamanho do tumor;
– Retirada do globo ocular: última alternativa utilizada em casos em que nenhuma dessas opções funcionam como forma de tratamento.
A melhor forma de prevenir o retinoblastoma ou diagnosticá-lo precocemente é a partir de consultas regulares com o oftalmopediatra – que é o oftalmologista especialista em crianças. Agende uma consulta com um de nossos médicos clicando aqui. Somos referência em oftalmologia em todo o Distrito Federal e no Estado de Goiás.