Síndrome do olho seco
A síndrome do olho seco se dá quando há diminuição de lágrimas, deixando o olho mais seco que o normal. Além disso, é possível notar irritação nos olhos, vermelhidão e a sensação de estar com o olho estranho, como se tivesse com um cisco ou poeira. A síndrome do olho seco também aumenta a sensibilidade dos olhos à luz do sol. Essa síndrome pode surgir em qualquer momento da vida, porém, é muito mais comum acontecer após os 40 anos de idade. A maioria dos casos afetam as mulheres mais velhas e afetam muito as pessoas também que trabalham na frente do computador por mais tempo, já que acabam piscando menos. O caso de quem possui a síndrome do olho seco, começa quando não há produção suficiente de lágrimas ou, mesmo sendo suficientes, acabam não obtendo a qualidade necessária para fazer com que os olhos fiquem lubrificados. As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, que se encontram atrás da pálpebra superior. Assim, se espalham e deixam a superfície corneana transparente e brilhante, formando o filme lacrimal. É importante ressaltar também, que as lágrimas têm a função de proteger a superfície ocular das infeções. Infelizmente, a síndrome do olho seco não tem cura. Porém, há maneiras de controlar a doença de forma eficaz, que permite o paciente ter uma vida normal.
Causas da síndrome do olho seco
As causas mais frequentes da síndrome do olho seco são a menopausa, a idade, o ar condicionado e o uso do computador de forma excessiva. O uso de medicamentos, como diuréticos, antidepressivos e entre outros, podem causar a síndrome também. Na gravidez, há alterações hormonais e pode acabar ocorrendo também esse problema nos olhos.
Sintomas da síndrome do olho seco
* Visão embaçada
* Olhos vermelhos
* Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz)
* Coceira
* Ardência na região dos olhos
* Lacrimejamento constante
* Pálpebras pesadas
* Sensação de corpo estranho e de ´´areia´´ nos olhos
Os sintomas do olho seco são mais comuns e intensos no final do dia, principalmente após usar telas, como TV, celular e computadores; ficar exposto ao vento, fumaça e ambientes com ar condicionado também podem ocorrer o surgimento dos sinais e sintomas do olho seco. Neste caso, se o paciente apresentar algum dos sintomas que foram citados acima, é necessário procurar um médico oftalmologista, para tratar desse problema o mais rápido possível. Casos não tratados com urgência, podem comprometer a córnea e até mesmo ocasionar a perda da visão.
A síndrome dos olhos secos pode se manifestar por três motivos:
* A disfunção das glândulas de Meibomius, que no caso, são glândulas sebáceas que ficam localizadas na região das pálpebras.
* Diminuição da produção de lágrimas
* Evaporação excessiva do filme lacrimal, neste caso, quando há um problema na produção de algum dos componentes da lágrima.
Diagnóstico da síndrome do olho seco
O diagnóstico da síndrome do olho seco, deve ser efetuado por um oftalmologista, por meio de testes que medem a produção e qualidade das lágrimas. O exame pode ser feito através da lâmpada de fenda e o teste de Shirmer, para justamente avaliar o nível de produção das lágrimas. É um exame rápido, indolor e não invasivo.
Três maneiras de obter o diagnóstico:
Teste de Schimer: Um pedaço de papel adequado e específico é usado para fazer o procedimento, sendo posicionado no fundo do saco conjuntival inferior. Assim, logo depois de alguns minutos, o médico pode averiguar a produção das lágrimas e verificar se a quantidade está abaixo do normal. Assim, possibilita o diagnóstico dos olhos secos.
Coloração com Rosa Bengala ou Lisamina Verde: Esses dois nomes, correspondem a um corante, eles são capazes de indicar a região da superfície ocular que está com o devido ressecamento.
Tempo de quebra do filme lacrimal: O médico oftalmologista usará um corante, onde irá observar por quanto tempo o filme lacrimal irá permanecer intacto no globo ocular. Caso o paciente não tenha problemas nos olhos, o ideal é que dure mais de 10 segundos.
Tratamento da síndrome do olho seco
O tratamento da síndrome do olho seco é feito através da aplicação de lágrimas artificiais, os famosos lubrificantes oculares, em forma de pomada ou colírio, que ajudam bastante no alívio dos sintomas. Em algumas situações, só o uso do colírio não é o suficiente, mesmo usando várias vezes ao dia. Portanto, neste caso, pode ser necessário fazer uso de anti-inflamatórios, antibióticos e entre outros medicamentos que são eficazes para controlar a doença. O médico oftalmologista, vai observar a situação do paciente, através dos exames, e assim, indicará qual o melhor tratamento para o olho seco, dependendo da situação. Além do tratamento médico prescrito, o paciente terá que tomar os devidos cuidados com os fatores de risco, como o uso excessivo do computador e deve-se também, evitar o ar condicionado.
* Colírios lubrificantes e anti-inflamatórios: Os colírios possuem uma composição química, que se parecem com as lágrimas naturais. Os anti-inflamatórios ajudam a recuperar a região da superfície ocular que está prejudicada devido à falta de lubrificação e ainda ajuda no aumento da produção de lágrimas.
* Conservação das lágrimas: Para tentar reter a lágrima natural do paciente por um pouco mais de tempo no globo ocular, o oftalmologista pode obstruir o ponto lacrimal, a região onde sai o líquido. Esse procedimento pode ser feito temporariamente ou permanente, através de uma cirurgia ou no consultório.
Outras medidas indicadas para quem possui a síndrome do olho seco:
* Pacientes que possuem disfunção lacrimal, devem usar lentes de contato apropriadas.
* Evite locais que tenham muita poluição de ar.
* Ao sair de casa, faça o uso de óculos escuros.
* Tenha uma boa hidratação, beba bastante água diariamente.
* Ao estar na frente das telas, pisque os olhos com frequência.
* Alimentos com cafeína e álcool diminuem a produção lacrimal, evite.
Para quem tem a síndrome do olho seco, é necessário ter o acompanhamento do oftalmologista, de maneira mais frequente. Sem o tratamento adequado e supervisão do médico, podem ocorrer lesões graves na córnea, que podem comprometer a qualidade da visão, podendo até mesmo perdê-la definitivamente.