Visão na terceira idade: que cuidados tomar?
O que acontece com os nossos olhos não é diferente do que se passa com os outros órgãos do corpo.
Com o tempo, eles pedem mais cuidados e atenção.
Especialmente na terceira idade, é comum que eles se tornem mais suscetíveis a uma série de problemas e doenças, alguns bem sérios, como: glaucoma e catarata, por exemplo, que podem levar à cegueira.
É possível ter qualidade de visão na terceira idade?
A boa notícia é que, com o avanço da medicina, existe solução para praticamente tudo.
Principalmente quando o problema é detectado e tratado de forma precoce.
E aí já vai nosso primeiro alerta: depois dos 60 anos, as visitas e os exames oftalmológicos devem ser, no mínimo, semestrais.
Dependendo do seu quadro, a frequência precisa ser maior.
Mas isso ainda não é tudo. Continue aqui com a gente e veja:
- Quais os problemas de visão mais comuns na terceira idade e seus possíveis tratamentos?
- 8 cuidados (a maioria bem simples) para aumentar a qualidade da visão na terceira idade.
Quais os problemas de visão mais comuns na terceira idade e seus possíveis tratamentos?
Bem antes de entrar na terceira idade, alguns problemas oculares começam a se manifestar.
Com o passar do tempo, a tendência é que eles se intensifiquem e se diversifiquem.
Para dar uma ideia da quantidade, metade dos idosos tem catarata, por exemplo.
Acompanhe os principais quadros com suas possíveis soluções.
Dermatocalase:
A partir dos 35 anos (dependendo da genética e do histórico de vida da pessoa, até mais cedo), pode surgir a dermatocalase.
Trata-se de um excesso de pele e de bolsas de gordura nas pálpebras.
Desconfortáveis, os sintomas incluem, entre outros: alteração no campo de visão periférico e acúmulo de lágrimas no canto externo do olho, além de interferir na questão estética.
→ Para resolver isso, normalmente é recomendada uma cirurgia específica, chamada blefaroplastia.
Presbiopia ou vista cansada:
Depois dos 40 anos, não tem muito como escapar. Todo mundo começa a apresentar sinais de presbiopia, vista cansada ou síndrome do braço curto. Mais ainda nesse período de tanta exposição às telas.
O que acontece é que a gente passa a ter dificuldade de ler de perto e de enxergar objetos mais próximos.
E a razão é a perda da flexibilidade e da capacidade de aumentar a espessura do cristalino, que é responsável por ajustar o foco da visão.
→ Para contornar seus efeitos, o especialista indica o uso de óculos, lentes e, em alguns casos, cirurgias.
Síndrome do olho seco:
Outro problema bem comum com o passar dos anos – especialmente quando são usadas algumas medicações – é a síndrome do olho seco.
Como o nome sugere, o quadro está ligado à quantidade e à qualidade das lágrimas produzidas. Isso leva ao ressecamento ocular, além de vermelhidão, ardências, coceiras etc..
Em geral, as mulheres são mais afetadas, principalmente por conta das alterações hormonais da menopausa.
→ Além de sugerir que você evite ambientes secos, o médico prescreve um lubrificante ocular.
Catarata:
Assim como a presbiopia, a catarata está ligada a um desgaste do cristalino.
No caso, ele vai perdendo a transparência natural para se tornar opaco. Com isso, o processo de formação de imagem fica prejudicado. E a pessoa enxerga de forma embaçada.
No início, é tudo bem sutil. Se não tratado, porém, o quadro evolui para a cegueira.
→ Já é possível resolver o problema com uma cirurgia a laser, em que o cristalino é trocado por uma lente intraocular. Hábitos saudáveis também ajudam a conter a evolução da doença.
Glaucoma:
Mais um problema extremamente comum na terceira idade e que pode levar à cegueira irreversível é o glaucoma.
Uma doença que começa com a elevação da pressão intraocular, podendo causar lesões no nervo ótico e, com isso, a perda da visão periférica ou, caso não seja acompanhada por um especialista, da visão total.
→ Para tratar, são indicados: aplicações de laser, colírios ou cirurgia. Vai depender de cada paciente.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI):
A DMRI é a principal causa de cegueira na terceira idade. E também tem solução, caso seja diagnosticada e controlada logo no começo.
Trata-se de uma doença que atinge a mácula – uma parte da retina fundamental para a visão.
Infelizmente no início, ela não dá muitos sinais. Só depois o paciente começa a perceber manchas escuras no seu campo visual.
Por isso, mais uma vez, lembramos que é importante visitar sempre o oftalmologista.
→ Os tratamentos incluem: suplementação com vitaminas e minerais antioxidantes, medicamentos e cirurgias.
Retinopatias:
São patologias nos vasos sanguíneos da retina. Visão borrada, pontos pretos e flashes laterais são alguns dos sintomas.
→ Os possíveis procedimentos de cura vão depender da origem específica de cada um, por exemplo, se é resultado de diabetes, de hipertensão etc.
8 cuidados (a maioria bem simples) para aumentar a qualidade da visão na terceira idade
Além das soluções médicas para os distúrbios já instalados, o Centro Clínico Imagem reuniu aqui neste artigo 8 cuidados básicos de prevenção.
A maioria é bem simples e fácil de fazer. As vantagens disso, o tempo vai provar.
- Invista em óculos de sol de qualidade, com proteção contra os raios UVA e UVB. Saia com eles mesmo quando o dia não estiver ensolarado. Entre outras vantagens, isso ajuda a evitar a DMRI.
- Evite coçar os olhos, especialmente com força e se as mãos não estiverem higienizadas.
- Não use um simples colírio ou lubrificante ocular, caso ele não tenha sido prescrito pelo seu oftalmologista.
- Se precisar ficar muito tempo diante de telas: ajuste as configurações dos aparelhos (brilho, contraste, tamanho de fontes etc.) para que não afetem tanto sua vista, deixe-os pelo menos a um braço de distância do seu rosto, faça pequenas pausas de 2 em 2 horas, peça que o seu oftalmologista recomende um bom colírio para isso.
- Pratique atividades físicas. Pode parecer desconexo, mas o movimento promove oxigenação e circulação sanguínea. E isso afeta positivamente a visão.
- Faça com que seu prato seja um aliado da sua saúde ocular, ingerindo mais alimentos de cor laranja (mamão, abóbora, cenoura…), peixes de águas salgadas, ovos e temperos, como alho e cebola.
- Cuide da qualidade e da quantidade do seu sono noturno. Se for preciso, troque de colchão, escureça o ambiente para dormir, use recursos que ajudam a relaxar, como óleos essenciais, meditações guiadas etc. Esse descanso é uma forma natural de lubrificar os olhos e de protegê-los.
- Cuide da saúde em geral. Um organismo fortalecido tem reflexos em tudo, até, claro, na saúde ocular. É fácil perceber isso, inclusive, nos casos das retinopatias – que, como comentamos acima, podem ser causadas por diabetes ou pressão alta, por exemplo.
Por fim, lembre-se de que o Centro Clínico Imagem está sempre aqui, juntando o lado humano com o tecnológico pela qualidade da sua vista.
E com condições populares porque acreditamos que a saúde ocular é um direito de todos.
Se você ainda tem qualquer dúvida sobre este assunto, aproveite para escrever nos comentários abaixo. Se achou útil, compartilhe este artigo com um idoso importante para você.