Mitos sobre o astigmatismo
Em primeiro lugar, o astigmatismo é uma imperfeição muito comum, leve e fácil de ser tratada. A maior parte do poder de foco no olho acontece na córnea, que é a superfície frontal dos olhos. Uma estrutura que também está envolvida na focagem é o cristalino, uma lente que se encontra atrás da íris, no interior dos olhos.
Em sua superfície normal, a córnea possui um formato oval, semelhante a uma bola de basquete. Agora, para quem possui a doença refrativa, a córnea possui um formato de uma bola de futebol americano, com áreas mais rasas e outras mais profundas que as outras. Desse modo, a luz fica mais difusa, ocasionando pontos de focos de luz, e o normal é que tenha apenas um ponto de foco na retina dos olhos.
Neste caso, quem possui essa doença refrativa, enxerga o que está próximo ou mais longe, pouco ou muito embaçado, tudo vai depender de como está o grau do problema.
Sintomas do astigmatismo
- Visão embaçada
- Vista cansada
- Dores de cabeça ou nos olhos
- Dificuldade de ler de perto
- Dificuldade de ler de longe
- Fotossensibilidade
- Necessidade de apertar os olhos para enxergar nitidamente
Mitos sobre o astigmatismo
O astigmatismo é uma doença refrativa que envolve muitas verdades e mitos, muitas pessoas associam esse problema à miopia ou a hipermetropia, o que acaba confundindo alguns. Para esclarecer e dar um fim às dúvidas, confira alguns mitos sobre o astigmatismo:
Mito 1 – O astigmatismo pode causar fotofobia:
Há muitos problemas oculares que podem ocasionar a fotofobia, não apenas o astigmatismo. Na maioria dos casos da doença, os pacientes não reclamam desse sintoma.
Mito 2 – O astigmatismo é curado com lentes de contato:
Muitas pessoas pensam isso por conta da pressão que as lentes fazem sobre a córnea e que dessa forma, ela pode voltar ao normal. Mas não é bem isso que acontece. O grau do astigmatismo pode aumentar com ou sem o uso de lentes de contato. As lentes apenas ajudam a melhorar a visão enquanto estão sendo usadas.
Mito 3 – Usar óculos faz aumentar ou diminuir o grau:
Fazer o uso de óculos não interfere na evolução de erros refrativos, como o astigmatismo ou a miopia.
Mito 4: O astigmatismo sempre causa dores de cabeça:
Nessa situação, a dor de cabeça pode ocorrer sim, mas não de maneira frequente. A dor é mais comum em pacientes que possuem um grau menor de astigmatismo.
Mito 5 – A cirurgia refrativa não possui nenhuma contraindicação:
A cirurgia refrativa não é indicada para pessoas que além de ter o astigmatismo, apresentam outras doenças oculares, como glaucoma e ceratocone. Há diversos casos e cada um deles deve ser observado por um médico especialista.
Mito 6 – Quem possui o astigmatismo não pode ser doador de córnea:
O problema que ocorre nesta doença refrativa, é por causa de um defeito na curvatura da córnea, o que não impede de fazer a doação.
Informações sobre o astigmatismo
Como é feito o diagnóstico do astigmatismo?
Em uma consulta com o médico oftalmologista, pode ser constatado o astigmatismo através de diferentes exames:
Exame de refração: é feito por um aparelho que possui várias lentes, sendo colocado em frente ao paciente para que o oftalmologista avalie qual o grau vai corrigir a visão.
Exame de visão: é um exame que o paciente lê um quadro ou projeção, composto por letras e números.
Ceratometria: é um aparelho que mede a curvatura da córnea central, que pode apresentar uma diferença perceptível, caso o paciente tenha astigmatismo.
Quais são os graus de astigmatismo?
O astigmatismo possui três tipos de graus diferentes: baixo, médio e alto. Para cada casa, há um tratamento adequado.
Astigmatismo baixo ou médio
O astigmatismo baixo é o grau que varia em menores valores que 1.00 e 2.00 em casos de grau médio.
Astigmatismo alto
Só é considerado astigmatismo alto, a partir de 4 graus ou mais. Portanto, nessa situação, além de usar óculos de grau e lentes de contato, a cirurgia refrativa pode ser indicada pelo oftalmologista para tratar e resolver a doença.
Tipos de astigmatismo
Astigmatismo regular
Esse é o tipo mais comum, que ocorre na maioria dos casos. O astigmatismo regular faz com que a superfície do olho tenha um formato mais oval.
Astigmatismo irregular
No astigmatismo irregular, a córnea fica desigual, uma da outra. Assim, pode ocorrer o surgimento de cicatrizes quando há alguma doença ocular, como o ceratocone, por exemplo, ou até mesmo após uma cirurgia ocular.
Astigmatismo miópico
Este tipo de astigmatismo é um dos mais comuns entre a população. O astigmatismo miópico impede que visão fique mais nítida para longe e perto. Nesse caso, a curva vertical da córnea se encontra de maneira mais acentuada, fazendo com que as imagens sejam focalizadas em apenas um plano.
Astigmatismo hipermetrópico
É muito frequente tanto em mulheres como homens, podendo afetar até mesmo as crianças. É muito importante que o diagnóstico seja constatado de maneira rápida, pois a situação pode ser irreversível. Neste caso, a luz que entra nos olhos é composta por dois pontos focais atrás da retina.
Astigmatismo infantil
O astigmatismo infantil é muito comum. Portanto, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos aos sinais.
Sintomas do astigmatismo em crianças:
Sensibilidade à luz – A criança pode sentir a vista embaçada, com manchas ou listras, em ambientes que possuam alta luminosidade.
Esfregar os olhos com frequência – Se a criança tiver o hábito de esfregar os olhos com frequência, ela pode estar com um cansaço visual ao tentar enxergar algum objeto.
Fechar um olho e apertar o outro para conseguir enxergar – Quando a criança começa a inclinar a cabeça para o lado ou até mesmo fechar o olho para tentar enxergar, é sinal que ela esteja com astigmatismo.
Causas
As causas do astigmatismo infantil são iguais ao de uma pessoa adulta e existem também outros fatores que podem aumentar as chances da doença, como a miopia.
Se você possui algum desses sintomas, procure um oftalmologista.